Presidente do WJC condena os comentários do presidente brasileiro: eles são profundamente desrespeitosos

O presidente do WJC, Ronald S. Lauder, emite uma forte condenação da comparação feita pelo presidente brasileiro das ações de Israel em Gaza com as da Alemanha nazista.

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Ronald S. Lauder, presidente do Congresso Judaico Mundial

O presidente do Congresso Judaico Mundial (WJC), Ronald S. Lauder, emitiu na terça-feira uma forte condenação da comparação do presidente brasileiro Luiz Inácio “Lula” da Silva das ações de Israel em Gaza com as da Alemanha nazista e acusou Israel de genocídio.

“As alegações do presidente Lula não são apenas historicamente imprecisas, mas confundem perigosamente os limites do antissemitismo. Tais comparações não são apenas uma distorção da realidade, mas são profundamente desrespeitosas para com as vítimas do Holocausto e do massacre de 7 de Outubro”, afirmou Lauder.

“O envolvimento militar de Israel é um ato legítimo de autodefesa contra o Hamas, um grupo terrorista reconhecido”, acrescentou.

“Com o aumento do antissemitismo em todo o mundo, é particularmente importante que os líderes políticos sejam informados e apoiem as suas comunidades judaicas. Neste caso, o presidente Lula deve corrigir urgentemente o rumo para garantir que os judeus se sintam protegidos no Brasil, lar de uma das maiores populações de sobreviventes do Holocausto.”

Os comentários de Lauder foram feitos depois que Lula comparou as ações das FDI em Gaza às ações de Hitler contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é guerra. Isto é genocídio. Não é uma guerra de soldados contra soldados. É uma guerra entre militares treinados contra mulheres e crianças. O que está acontecendo na Faixa de Gaza contra o povo palestino isso não aconteceu em quase nenhum outro momento da história. Na verdade, só aconteceu uma vez; quando Hitler decidiu matar os judeus”, acusou o presidente brasileiro.

Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, ligou para o embaixador brasileiro , Federico Mayer, para uma reprimenda após os comentários de Lula. A reprimenda ocorreu no museu memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém.

“Não perdoaremos e não esqueceremos: em meu nome e em nome de todos os cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas declarações”, disse Katz ao embaixador.

Posteriormente, Lula anunciou que o embaixador brasileiro em Israel seria chamado de volta e que o Brasil decidiu convocar o embaixador de Israel no país para uma reprimenda.

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