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Pelo de rato e insetos: por que a Anvisa ‘tolera’ bichos nas comidas?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização e a distribuição de alguns lotes de extrato de tomate em 2016, além de um lote de molho de tomate. De acordo com a agência, a punição ocorreu após a detecção de uma matéria estranha indicativa de risco à saúde humana, pelo de rato. O tema repercutiu nas redes sociais principalmente pela justificativa dada pela Anvisa de que os fragmentos do animal ultrapassavam o limite “tolerado pela legislação”. Ou seja, há uma margem para o consumo de penugem de ratos em alimentos? Sim! Parece assustador, mas o limite é de um pelo de roedor para cada 100 gramas de produtos de tomate.

A Anvisa explicou que a contaminação ocorre durante o processo de fabricação e é um problema mundial. Após a colheita, geralmente, o armazenamento não ocorre em um local limpo e controlado. É nesse momento que o roedor tem acesso ao alimento e o contamina.

Quem determina este limite é a RDC N° 14, de 28 de março de 2014, um conjunto de leis criado em 2014 que determina quanta “sujeira” é aceita num alimento sem que isso cause problemas de saúde para o consumidor.

Limites

O pelo de roedor não é a única ‘matéria estranha’ encontrada comumente em alimentos. Há também tolerância para fungos, areia e até insetos.

Não é só no Brasil que é assim. Nos Estados Unidos, por exemplo, o FDA (Food and Drug Administration), órgão responsável pelo controle dos alimentos no país, aceita fragmentos de animais em alimentos industrializados em níveis bem próximos aos nossos.

Não existe uma periodicidade padrão para que a fiscalização nos alimentos seja feita. As vigilâncias sanitárias dos Estados e municípios costumam coletar as amostras e encaminham para um laboratório, responsável por fazer a análise. Caso seja verificado algum tipo de irregularidade, o produto é recolhido. A fabricante corre o risco de ser multada, em valores que vão de 2 mil reais até 1,5 milhão de reais, ou pode ser interditada.

Os fragmentos podem ser macros ou microscópicos. Ou seja, podemos encontrar um pelo de rato inteiro ou em fragmentos tão pequenos que não seja possível visualizá-los a olho nu.

E faz mal?

A existência de pelo de rato e outros insetos nos alimentos, desde que dentro dos limites estabelecidos pela Anvisa, não faz mal para a saúde. Segundo Schmidt-Hebbel, saber da existência do pelo de rato no molho de tomate, por exemplo, causa repulsa, mas não dano.

Fonte: UOL e VEJA.

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